Jaguá & Irá

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Primeiros sinais de conflito entre gatos. O que fazer?

Jaguá e Irá foram apresentados sem cumprir um ritual de introdução entre gatos, o que se refletiu diretamente no bem estar e na saúde de minha gatinha. Mas será que tem jeito?


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#1

Quando adotei minha segunda gatinha, busquei um perfil compatível com o temperamento mandão de Jaguá.

#2

Apesar disso, não utilizei nenhuma técnica de aproximação entre eles, o que gerou tensão e estresse em Irá. Mas descobri que seria possível reverter a situação.

#3

O enriquecimento ambiental trouxe novas atividades e distrações para os meus gatinhos, restabelecendo o equilíbrio em nossa casa.


Todo gateiro sonha em ter gatinhos que dormem de conchinha e passam o dia cuidando um do outro e rendendo cenas lindas para fotografar. É ou não é?

Confesso que sempre tenho certa invejinha quando minhas amigas que tem gatos mostram as fotos deles embolados no sofá. Ou então dando boas vindas ao filhote que vai ficar temporariamente em casa esperando adoção. Eu morro do coração hahaha!

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Jaguá ia fazer um ano de idade quando finalmente tomei coragem de adotar uma companhia pra ele. Pensando em seu perfil dominante, grosso e mandão, fiquei com medo de adotar um filhotinho. Então me decidi pelo perfil de uma gata adulta, castrada, que tivesse personalidade pra aguentar toda a energia do irmão.

Além disso, aprendi que gato adulto tem bem menos chances de ser adotado, o que muitas vezes até impede que o protetor consiga resgatar mais gatinhos da rua, pois não tem mais espaço ou recursos. Então seria uma ótima escolha para todos!

Naquela época eu lia muito sobre cuidados básicos e curiosidades sobre saúde, raças e pelagens, além de entrar em contato com o mundo dos animais rua e a causa animal. Porém pouco li a respeito de comportamento felino e menos ainda sobre adaptação entre gatos.

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Finalmente, depois de me apaixonar instantaneamente por uma gata exótica e blasé que encontrei no Facebook, me candidatei à adoção e recebi em casa um dos presentes mais lindos que alguém pode ganhar. Irá chegou no dia da festinha de aniversário de um ano de Jaguá. Tranquila, um pouco desconfiada e bem blasé, ela ficou quietinha no cantinho dela no meu quarto enquanto comemorávamos na sala.

A “técnica” de adaptação que usei entre Jaguá e Irá foi “não usar técnica”, isto é, deixei os dois soltos pela casa para se “entenderem”. Eles nunca brigaram de fato, mas, à medida que acertavam os territórios e hábitos, surgiam fuzzz e patadas mais intensas. Mas passadas duas semanas da adoção, notei que Irá vinha se lambendo mais do que o normal, tanto que o lábio inferior ficou meio inchado. Já tinha lido que lambeduras excessivas pode ser sinal de estresse. E a fonte de stress era clara: Jaguaraci.

Aí então é que fui ler sobre adaptação entre gatos e fiquei bem frustrada rs. Fiz tudo errado! Será que eu estraguei tudo? Vai saber? Já era! Por outro lado, descobri sobre um assunto de extrema importância e essencial para todo e qualquer gateiro, que é o enriquecimento ambiental. Como o sugere o nome, significa promover melhorias no ambiente dos gatos, criando atividades que estimulem seu físico e mente.

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Então enchi a casa de brinquedinhos, como bolinhas pula-pula, ratinhos, chocalhos, arranhadores de diferentes tipos, tocas e túneis e busquei a verticalização instalando diversas prateleiras, dando acesso à parte de cima dos armários. Também coloquei uma nova caixa de areia, pois Jaguá encurralava Irá na saída do banheiro e a bichinha ficava com medo. E pronto. Medidas suficientemente eficientes para o caso dos dois. Irá parou de se lamber e o lábio voltou ao normal. Jaguá arranjou assuntos mais interessantes que chatear a irmã.

Jaguá e Irá são duas personalidades felinas bem dominantes e confiantes, cada um a seu modo. Então, ao se ajustarem, encontraram um ponto de equilíbrio e respeito, mas nunca de muito carinho. De vez em quando, Irá conseguia tocar a patinha em Jaguá ou roubar cinco lambidas em sua testa, mas era isso! Jaguá e sua grosseria logo a afastava. Mas, no geral, se dão muito bem e adoram brincar de correr pela casa, dormem perto (mas não colados rs), comem juntos.

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E assim minha duplinha viveu por um ano, quando eu achei que era hora de aumentar a trupe. E o resto, é história!

Acompanhe nossos próximos posts, onde vamos conversar sobre outros problemas de comportamento que os gatinhos podem apresentar e quais são as técnicas apropriadas para solucioná-los!

<3

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2 thoughts on “Jaguá & Irá”

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