Introdução, Reintrodução e Adaptação de Gatos: passo-a-passo comentado

Como introduzir gatos? Essa é uma questão bastante frequente, até para tutores mais experientes… No entanto, na maioria das vezes, a dúvida só aparece mesmo quando o caos já está instalado em casa hahaha! Seja para um gatinho “planejado”, seja para um que chegou de repente, para cumprir o ritual de introdução, reintrodução e adaptação de gatos só tem um segredo: seguir as regras e o ritmo deles!


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Nos processos de introdução, reintrodução e adaptação de gatos, cada etapa do passo a passo tem um objetivo e uma explicação. 

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Os passos essenciais para o ritual de introdução, reintrodução e adaptação de gatos são: 1° Isolamento ou Quarentena, 2° Estímulos Olfativos, 3° Exercícios de Convivência através da porta e 4° Exercícios em conjunto. Saiba aqui como e porquê!

#3

Mantenha sempre em dia as visitas ao veterinário! Somente ele poderá atestar que os gatinhos tem condições de saúde para conviver juntos. Além disso, comunique ao profissional toda e qualquer mudança brusca de comportamento em seus gatinhos durante o processo de adaptação.


O momento da chegada de um novo gato em casa é sempre delicado para os gatinhos envolvidos. Se nosso gatinho pudesse falar, muito provavelmente estaria nos perguntando: “será que tenho algo a temer? Será que tenho que proteger minha comida e meu território? Será que eu vou ser expulso daqui ou terei que expulsar esse intruso antes?”. Certamente, se deixarmos a cargo dele, a resposta será alguma atitude defensiva, em forma de ataque ou de retração. Já o gatinho que está chegando nos pediria para não o deixar perto daquele gato que parece ser o dono de tudo ali.

Um gato assustado tanto pode partir para cima do que ele acredita ser seu novo oponente, quanto pode ficar com medo e se esconder. Em casos mais graves, tanto podem ficar extremamente agressivos, como podem entrar num ciclo depressivo, desenvolvendo tiques e manias ou até mesmo deixando de se alimentar, o que pode ser extremamente perigoso. Por isso, já sabemos que esse nosso velho hábito de apresentar gatos de uma vez, sem cumprir esse ritual de introdução, é algo a se deixar no passado, de uma vez por todas. O que buscamos aqui é um processo saudável e harmonioso.

Nos processos de introdução, reintrodução e adaptação de gatos, cada etapa do passo a passo tem um objetivo e uma explicação. Não é frescura e nem exagero! Cumprir esses pequenos passos faz uma enorme diferença na qualidade de vida dos nossos gatos. Tutela responsável significa entender que o bem estar físico e psicológico dos nossos bichinhos depende diretamente das nossas ações e nosso comprometimento com o que já sabemos que é certo.

Vocês vão ver que as técnicas são, na verdade, bem simples. A duração vai depender de vários fatores: o estado de saúde do gatinho novo, a personalidade e a idade de cada gato envolvido no processo. Em geral, filhotes são mais fáceis de adaptar tanto ao ambiente quanto ao(s) gato(s) residentes e vice-versa, mas não é uma regra. No caso das minhas gatinhas Totí e Irá, não foi assim. Uma prova de que cada caso é um caso e a precaução é sempre a melhor postura que podemos ter ao introduzir gatos!

Outra coisa importante a salientar é que, ao contrário de muita gente, os gatos podem ter a capacidade de “resetar” suas relações rs. Tudo vai depender, é claro, de como as primeiras impressões serão retrabalhadas! Ou seja, se os erros persistirem, eles nunca irão ceder seus espaços ou sempre estarão fugindo, amedrontados… Como cabe a nós a responsabilidade de balizar esses sentimentos e reações, devemos separar todo mundo e utilizar as técnicas para adaptação, como se fossemos reapresentá-los de novo. É um método que pode dar bastante certo!

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Irá observando Totí em quarentena

Felizmente os últimos anos têm sido bem produtivos nesse nosso mundo de “pais e mães” de gatos, e os comportamentalistas já desenvolveram diversas técnicas, assessórios e ferramentas e puderam comprovar sua eficiência (ou não). Não podemos nunca esquecer que cada situação envolve um número enorme de variáveis, que vão desde a personalidade individual de cada gato ao ambiente onde estão convivendo, e cada detalhe deverá ser observado e levado em consideração.

É uma “receitinha de bolo”, mas também não é nenhuma fórmula mágica! O que vai funcionar em seu caso terá sempre uma combinação, duração e dosagem diferente do que foi no meu, por exemplo. Então, vamos observando os pontos em comum entre os gatos, relacionados ao comportamento instintivo dos felinos, e combinamos as informações pessoais de cada caso. Não deixa de ser também um processo de tentativa e erro! Tudo que você fizer, deverá observar com detalhes as reações de curto e médio prazo de cada exercício escolhido. E que o que vai definir o sucesso da sua operação é a chegada da paz e da harmonia, mesmo que seja cada um no seu quadrado!

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Irá e Totí: respeito em construção

Tem gente que consegue passar por isso tudo em uma semana, tem gente que em dois dias já está vivendo no paraíso dos gatinhos enroladinhos, tem gente que passa semanas estagnadas em um ponto do processo, ou meses avançando e recuando… A grande maioria dos casos de adaptação se dá mesmo num período de aproximadamente 15 dias e nesses casos realmente não são necessários tantos ajustes e pormenores. Vamos avançando rapidamente e os gatinhos passam por tudo como “seu mestre mandou”!

E antes que vocês fiquem cansados com tanta explicação, vamos para mais explicações hehehe Querem saber quais passos são esses e o porquê de cada um deles? Sigam-me os bons! rs

1° Passo: Isolamento ou Quarentena

O isolamento serve não só para poupar a saúde de todos os gatos de eventuais doenças e condições que podem ser contagiosas entre felinos, como para fazer pós-operatório de castração e, principalmente, para começar o ritual da introdução, reintrodução e adaptação de gatos.

Este será o momento do novo gatinho se ambientar, conhecer as pessoas, os cheiros, a rotina diária, enquanto o nosso gatinho residente começa a se acostumar com a ideia de ter um novo gato em seu território. Isole os gatos uns dos outros durante o tempo necessário e não tenha pressa. Nosso objetivo com isso é acalmar os ânimos e tornar a “novidade” uma coisa boa na vida dos gatinhos envolvidos. Quanto mais tempo eles estão isolados uns dos outros, mais provável que você tenha sucesso nas próximas etapas e maiores as chances de que tudo corra muito bem entre eles. Portanto, nunca deixe de fazer o isolamento inicial!

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No caso de gatinhos que já foram apresentados e seguem brigando, o procedimento será exatamente o mesmo. Separamos o gatinho que não foi bem introduzido, para que todos possam passar a compreender de forma diferente a presença do outro na casa.

Prepare um cômodo para ser usado como um lugar seguro para o gatinho a ser (re)apresentado. Este recinto pode ser qualquer cômodo que possa ser fechado. Coloque uma caixa de areia, comida, água, esconderijos e brinquedos… Você pode usar a própria caixa de transporte que trouxe o gatinho para que ele possa usar como toca, pode colocar arranhador, ter locais para escaladas… O que você puder prover para enriquecer o ambiente irá ajudar a manter o novo gatinho ocupado, estimulando atividades físicas e mentais. Certifique-se de que todos os gatos estão recebendo muita atenção e carinho, para criar um clima de amor e confiança para todos.

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Kalki interagindo com Durga pela janela do quartinho da quarentena na casa do Tio Beco, que já recebeu vários gatinhos temporários.

Em nosso próximo post, falaremos mais sobre a importância da quarentena nos processos de introdução, reintrodução e adaptação de gatos, com dicas e informações legais.

2° Passo: Estimular o olfato

Passado o primeiro momento da chegada, com o novo gatinho instalado e calmo em seu recinto e com os gatinhos de casa curiosos com a novidade, é hora de começar a exercitar os sentidos. O mais importante sentido é o olfato, portanto, vamos começar por ele!

Os gatos se comunicam utilizando expressões faciais e posturais, vocalizações, mas, principalmente, através das marcações. Gatinhos marcam os ambientes de várias maneiras diferentes: arranhando, urinando (“spraying”), esfregando o rosto… Vão deixando rastros químicos, “avisando” aos outros gatos de sua presença e recebendo outros “avisos”. É uma forma segura de se comunicar e avaliar a sua situação dentro do ambiente em relação aos outros gatos (aproximação ou distanciamento). Então, a ideia é estimular a troca de “mensagens” positivas entre os gatos através do reconhecimento dos odores e também dos seus feromônios naturais.

Feromônios são substâncias químicas secretadas por glândulas ou excretadas nas fezes ou urina e que causam respostas fisiológicas e comportamentais em animais da mesma espécie. Elas são captadas pelo sistema olfatório acessório e processadas no sistema límbico (estruturas cerebrais relacionadas aos comportamentos emocionais).

Os gatinhos têm inúmeros feromônios diferentes em seu corpo e os cientistas conseguiram identificar alguns deles e descrever suas funções. Dentre eles, os feromônios faciais, que são excretados por glândulas localizadas ao longo dos lados da boca, no queixo, bochechas e na testa. Estes feromônios comunicam sinais ligados ao conforto e familiaridade com o espaço e os indivíduos. Assim também funcionam os feromônios produzidos nas glândulas presentes nos coxins plantares (almofadinhas) e na pele da região entre os dedinhos <3, que emitem mensagens químicas relacionadas à marcação territorial, quando eles arranham alguma superfície, por exemplo.

Por isso, os gatinhos que são amigos estão sempre esfregando o rostinho, dando cabeçadinhas e amassando pãozinho uns nos outros. Estão dizendo: “você é meu amigo e eu te amo” Nhoooimmm.

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Jaguá adora cuidar de sua irmãzinha

Para ajudarmos nossos gatinhos em sua comunicação olfativa vamos passar um paninho nas bochechas e queixo de um gatinho e depois passar no corpo e rosto do outro e vice-versa. Também passar o pano entre os dedinhos e almofadinhas das patas dianteiras e “trocar” o cheiro com o outro gatinho… Apenas tenha cuidado ao manusear as patinhas, pois são extremamente sensíveis e muitos gatos se irritam com o contato e podem morder.

Outra maneira de trabalhar positivamente o sentido do olfato é associar o cheiro do outro gato à hora da refeição e das brincadeiras. Então podemos colocar um paninho com o cheiro do gato em baixo do prato do outro, por exemplo. Além disso, trocar os brinquedinhos de vez em quando, fazer rápidas sessões de brincadeira e exploração de ambientes “trocando” os gatinhos: o novo vai explorar algum canto da casa enquanto o residente vai ao recinto.Introdução-Reintrodução-e-adaptação-de-gatos-POST Ilustração 2

Esse é um momento bem interessante para observar a reação dos gatinhos ao processo de adaptação. Como ele vai se comportar neste local impregnado com o cheiro do outro gato? Tranquilo e curioso? Tenso e amedrontado? Observe isso com atenção para poder ter uma ideia do que te espera rsrsrs. Se ele parece apenas curioso, ótimo! É um sinal de que ele está confiante e aberto a novidades. Se ele ficar nervoso, se esgueirando, se ficar com medo e nem quiser entrar… Pode ser um sinal de alerta importante, que não significa que vai dar algo errado, mas que você precisará ter mais cuidado e paciência com o gatinho neste processo.

Por isso mesmo peço para terem bastante cautela ao manusear os gatos nesse momento. Se algum deles apresentar medo, receio, tensão ou qualquer sinal de um comportamento defensivo, não toque nele, especialmente se você tiver tocado no outro gato. Eu fiz isso e me machuquei algumas vezes. Irá me mordeu com força e me atacou com as unhas em oportunidades diferentes, só porque a carreguei depois de carregar Totí. Mas, como sabem, o meu caso faz parte daquele 1%

Essa etapa do reconhecimento olfativo é importantíssima. Ela pode ser feita discretamente desde o primeiro momento, com as trocas de pano, de brinquedos, pano abaixo do prato. Avançar para o reconhecimento dos ambientes somente se todos estiverem sempre aparentando calma. Por exemplo, se um deles não consegue comer em paz sentindo o odor do outro no pano abaixo do prato é um sinal de que ainda precisa de um tempo antes de ir explorar a área do outro. Ou seja: precisamos estar atentos aos mínimos sinais expressados pelos gatinhos e ir dosando os avanços. O que nos leva à próxima etapa!

3° passo: Exercícios de Convivência através da porta

Tem processos de adaptação que são tão tranquilos e rápidos e nem precisam chegar até aqui. Já nos primeiros dias de confinamento a curiosidade é tanta, que nosso gatinho residente já quer saber quem é, o que veio fazer, pra onde vai kkkk… Isso depende da personalidade e temperamento dos gatinhos envolvidos e também de como conduzimos o processo. Na realidade, nossa função é guiar os passos dos gatos para que eles compreendam que poderão conviver em paz com o outro. Que nada vai lhes faltar: nem amor, nem casa, nem comida. Que eles estão seguros. Então, se o veterinário deu o aval e os gatinhos já estão bem fisicamente, livres de vermes, parasitas ou doenças que possam ser contagiosas, além de estarem castrados, podem começar a interagir, se assim for da vontade deles.

Mas se o novo gato precisar passar mais tempo em quarentena para se tratar de alguma condição, ou se está em pós-operatório de castração, ou ainda, se algum deles apresenta algum tipo de resistência com a presença do outro, precisamos dar continuidade ao passo a passo. Esse é o momento de começarmos a aproximação dos gatinhos. A ideia aqui é continuar associando positivamente a presença do outro a coisas legais e gostosas, mas já trabalhando a proximidade física entre eles, ainda que através da porta fechada.

Um exercício bastante eficiente é o da alimentação em conjunto. Já vimos aqui que os gatinhos naturalmente se alimentam sozinhos, pois caçam presas de pequeno porte e, portanto, não dividem a sua comida. Mas vimos aqui também que, em situações de abundância de alimentos, eles podem aceitar conviver juntos nesta hora tão importante do dia. Aceitar a presença de outro gato perto de seu prato de comida é um sinal importantíssimo de autoconfiança e segurança perante a situação e é isso que vamos buscar aqui.

Como todos os passos do processo, esse exercício também se dá de forma gradual e o seu avanço depende da observação detalhada da reação dos gatinhos. Se algum deles apresenta resistência, recuamos e recomeçamos. Basicamente, o que vamos fazer é alimentá-los em conjunto, mas ainda separados pela porta. Vão sentir a presença do outro através do olfato, que nós já viemos trabalhando anteriormente.

Colocaremos os pratinhos a 1 m de distância de cada lado da porta. Vamos observar: como chegam até o prato? Vão direto e começam a comer? Ou vão desconfiados, farejando, preocupados com a porta? Se estiverem tranquilos e comerem normalmente, vamos aproximar o pratinho da porta na próxima refeição. Se alguém estiver resistente e não se alimentar, afastamos um pouco mais o prato. E assim vamos seguindo: observando e dosando. Nosso objetivo é que eles se alimentem normalmente e sem perturbações com os pratos praticamente colados nos dois lados da porta.

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*Dica: use coisas bem gostosas e irresistíveis para os gatos, como sachê, patê, ou iscas de frango desfiado (cozido com pouco sal) ou atum da lata (conserva “light”, lavado em bastante água corrente para diminuir o sal). Sempre em pequenas quantidades!

Para gatinhos que se mantenham muito resistentes a se alimentar perto da porta, podemos adotar o sistema de refeições com horários definidos, ao invés de deixarmos ração seca disponível. A fome pode estimular o gatinho a se aproximar. Mas isso requer que você tenha horários rígidos para alimentação, caso contrário poderá criar mais ansiedade e estresse nos gatinhos e não é o que queremos. Os melhores horários para alimentação são no início da manhã e a noite.

Uma dica legal: Se você tiver em casa um daqueles portões para proteger bebês, pode usá-lo nesse processo. Ele facilita que você supervisione, sozinho, as reações dos gatinhos enquanto o exercício é feito. Nesta etapa onde os gatos ainda não tem contato visual, você pode pendurar uma toalha no portão para tapar a visão. Mas atenção: permaneça posicionado ao lado do portão, atento a qualquer intenção de pulo. Se perceber qualquer tipo de inquietação, use somente a porta. É possível também fazer esse exercício através de uma porta de vidro, como uma varanda, por exemplo. Talvez você precise utilizar uma cortina ou outro tipo de barreira visual para começar.

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Irá e Totí interagindo através da porta de vidro da varanda

Estando tudo correndo bem e calmamente, é hora de avançar um pouco mais. Vamos continuar o exercício da alimentação em conjunto, agora com um mínimo contato visual entre os gatinhos. Nesse exercício os pratinhos voltam a ser afastados da porta. Se você estiver usando o portão para bebês, levante um pouco a toalha para que eles se vejam apenas por uma fresta. Se estiver usando a porta, abra um pouco, apenas o suficiente para que possam se ver rapidamente.

Assim como nas etapas anteriores, repare nas reações. Estão calmos? Curiosos? Amedrontados? Nervosos? Comem normalmente? Rejeitam a comida? Conforme as reações observadas, você recua para a porta totalmente fechada ou avança para abrir mais um pouquinho nas próximas refeições. E assim vamos progredindo. Essas sessões devem ser curtas. Tente sempre terminar os exercícios quando eles estiverem relaxados, mas ainda comendo. É um reforço para a rotina positiva do gatinho: eles vão perceber que esses momentos sempre acabam bem – e de pança cheia!

Ainda nesta fase de porta entreaberta, podemos também fazer exercícios de brincadeiras. O ideal seriam duas pessoas brincando, uma de cada lado da porta com uma abertura mínima. Se estiver sozinho, abra a porta e permaneça no meio. Brinque com “varinhas de pesca” ou jogue bolinhas, mas sempre uma para cada lado! Mas fique atento e só faça isso se realmente sentir segurança. Assim como os exercícios de alimentação, faça sessões curtas e termine-as em algum momento positivo. Pode dar um petisco depois para reforçar ainda mais a associação positiva. À medida que eles reagem bem, podemos avançar para a brincadeira no mesmo ambiente, mas ainda sob supervisão atenta e um de cada lado. Continuamos a observar as reações: estão entretidos com o brinquedo ou estão mais preocupados com a presença do outro no mesmo ambiente? Ao menor sinal de tensão, encerrar a sessão e separar. Se tudo correr bem… Vamos ao próximo e último passo!

4° Passo: Exercícios em conjunto

Eis que chega a hora tão esperada! Se você precisou realmente passar por todos os exercícios anteriores, parabéns pela conquista!!! Eu vivi isso tudo e mais um pouquinho hahaha. Posso lhes dizer que foi um período de muito autoconhecimento e aprendizados e hoje eu agradeço por ter passado por essa incrível experiência! Aprendi lições valiosas como saber recuar quando preciso, a apreciar pequenos avanços… Principalmente, vivenciei o poder transformador do amor <3

Esse é o momento de mostrarmos aos gatinhos que eles podem comer, brincar, descansar e dormir na presença do outro. Inicialmente todo contato entre eles deverá ser sob sua supervisão. É normal que haja fuzzz, ou que resolvam “brincar de luta livre”. Você deve estar perto e pronto para intervir se algum deles está “encarando” demais ou se esgueirando para surpreender o outro, ou se tem algum querendo fugir da situação, ou dando patadas fortes demais, ficando todo arrepiado, ou se a brincadeira de luta se torna agressiva demais. Outra pista de que algo não vai bem é se algum deles (ou os dois) estiver rosnando de forma “ameaçadora” ou vocalizando parecendo amedrontado.

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*Atenção! Nunca use suas mãos para separar gatos que estão brigando! Faça isso batendo palmas com força, ou derrubando algo no chão. Se o clima esquentar, separe todo mundo e deixe a poeira assentar. Apenas retornar aos exercícios quando os gatinhos estiverem completamente calmos! Nunca devemos causar medo aos gatos. Simplesmente separe-os em silêncio.

O ideal, mais uma vez, é começar com encontros curtos e supervisionados, sendo encerrados também em algum momento positivo. Pode fazer quantas sessões quiser por dia, desde que as experiências terminem sempre bem. Os sinais que as coisas vão indo bem: gatinhos relaxados, brincando em silêncio ou fazendo as vocalizações costumeiras, quando passam pelo outro e são ignorados, ou tem contatos claramente divertidos, como tapinhas de leve. Comer juntos, bater o narizinho ou dar cabeçadinhas um no outro são sinais maravilhosos, mas o sucesso também pode ser a total indiferença de um pelo outro…

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Primeira vez reunidos para o lanche da tarde: depois de meses de exercícios, o atum ficou mais interessante!

Por fim, mantenha as visitas ao veterinário sempre em dia. Os gatos costumam esconder os sintomas de suas enfermidades e observar o comportamento e o “humor” dos gatinhos é muito importante. Relate ao veterinário todo o processo de adaptação, especialmente se você observar que algum deles mudou muito o comportamento durante este período.

Enfim amigos! Como já disse lá em cima, na grande maioria das vezes, o processo todo se resume a deixar separado só pra tratar do que for preciso ou fazer um pós-operatório de castração. Com uma troca de paninho aqui, um pratinho junto ali, brincar com ratinho lá, jogar bolinha acolá e pimba! Gatinhos enroladinhos hahaha <3 Mas, de vez em quando, um ou outro caso mais difícil aparece, se um dos gatinhos é muito territorialista, muito tímido ou muito medroso, ou se somos surpreendidos com reações totalmente opostas ao que esperamos da personalidade de nosso gato (como no meu caso, com Irá), temos esses recursos que podemos utilizar. A única coisa certa é que, dos casos mais simples e corriqueiros aos casos mais difíceis e desafiadores de adaptação entre gatos, respeitar o ritmo e o espaço deles é primordial! Além disso, quanto mais a gente se informa, aprende, aplica as técnicas e se dedica, melhores serão os resultados!

Fique com a gente que vem mais por aí!

<3

Referências:

http://jacksongalaxy.com/

http://www.catbehaviorassociates.com/

http://portalmedicinafelina.com.br/feromonios/

http://psicovet.com.br/wp-content/uploads/pdf/image/ceva_PetJournal-Ed21.pdf

http://www.treevet.com/

Texto, fotos e ilustrações: Marla

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35 thoughts on “Introdução, Reintrodução e Adaptação de Gatos: passo-a-passo comentado”

  1. Debora De paula

    Oi, faz uns 7 meses achei uma gatinha gravida na rua, nao pude deixarvela largada e trouxe pra casa, mas mesmo de meses, o filhotes ja com 6 meses de vida um dos meus gatos nao aceita nem a gata nem os 2 filhotes, ele nao chega a ficar super agressivo de ir pra cima pra machucar, mas fisca rosnando e provocando, dando varios tapas neles, o outro gato ele quer brincar com os filhotes mas como o irmao fica estressado com a gata e os filhos ele acaba se estressando tbm, em compensacao apareceu outra gata no quintal, esta do lado de fora pq nao tenho aonde isolar ela e ainda nao,fizmexame de fiv e felv, mas com essa gata que eles veem pela janela e pela fresta da porta eles nao ficam agressivos, tem alguma forma de eu fazer eles se darem bem? Mesmo que nao sejam amigos, pelo menos nao se agredirem?

    Reply
    1. Marla Rodrigues

      Oi, Debora!

      Olha, a situação que me descreveu aqui é um pouco mais complexa pois envolve muitos gatos e ainda uma gata “visitante”. O ideal seria você procurar uma ajuda profissional com uma Consultoria Comportamental ou Veterinário Comportamentalista, para que a situação possa ser analisada e trabalhada adequadamente.
      O que eu poderia indicar agora é que você tenha rotinas de brincadeiras separadas com cada gato (ou grupo de gatos que se deem bem), todos dos dias, para que eles possam ter essa necessidade atendida e que assim não busquem tanto uns aos outros para brincar, diminuindo a possibilidade de um gato irritar o outro. Outra coisa é você dar uma melhorada no ambiente deles, de acordo com o que está descrito nesse post:

      https://gatinhosproblema.com.br/2018/04/04/enriquecimento-ambiental-1-necessidades-ambientais/

      Boa sorte!

      Reply
    1. Marla Rodrigues

      Oi, Mayara!

      Poxa, realmente é muito difícil numa situação assim… E nem só falo da questão comportamental! Afinal, antes de tudo, temos que nos precaver em relação à saúde dos gatinhos. Por exemplo, testes de FIV/FELV, desparasitação, vermifugação, vacinação… Tudo isso requer uma separação do novo gatinho para que o gatinho residente fique seguro, até tudo isso ser resolvido e que seja possível ficarem juntos.
      Eu sei que quando falo disso, estou sempre descrevendo as situações ideais de espaço, de saúde… E sei que a vida nem sempre é o ideal.
      Mas devemos pegar essas informações para analisar a nossa situação. Será que é mesmo necessário adotar e introduzir um novo gato em nossas vidas quando não temos ainda uma infraestrutura mais perto do “ideal” para que possamos fazer tudo certinho com os pets que decidimos ter?
      Por outro lado, essa introdução precisa acontecer pq esse gato foi resgatado numa situação emergencial que só vc poderia ajudar (como foi comigo e meu gatinho especial Dudu)? Posso assumir os riscos de saúde e bem-estar dos gatos envolvidos? Numa situação como essa, sugiro que vc faça o processo com acompanhamento profissional (consultoria comportamental + veterinária especializada em felinos e/ou veterinária comportamentalista).

      Se quiser se informar sobre serviço de consultoria comportamental, por favor, escreva para contato@gatinhosproblema.com.br.

      Boa sorte!

      Marla

      Reply
  2. Isabella

    Estou na missão de me preparar para quarentenar uma gatinha de rua por 30-40 dias, para realizar um teste de fiv/felv. Suas dicas serão muito valiosas. Eu espero conseguir fazer isso e manter o gato feliz por todo esse tempo..

    Reply
    1. Marla Rodrigues

      Oi, Isabella!

      Desejo muita sorte em sua missão! Que dê tudo certo pra vc e a gatinha!

      Reply
  3. Larissa

    Oii tudo bem??
    Muito obrigada por essas dicas e outras que vi no blog. Depois de 4 meses tentando fazer uma readaptação as pressas, graças a vc entendi a importância do isolamento e de ter paciência. No meu caso são duas gatinhas de 3 e 4 anos que depois de 3 anos de boa convivência começaram a brigar. Percebi que a mais nova esta tentando dominar a casa e começou a perseguir a mais velha que passou a reagir. Estou na fase do contato visual com barreira. Aparentemente elas estão bem, comem pestisco perto, as vezes comem ração (o pote fica bem perto da porta). Minha duvida é saber qual o momento certo para juntar as duas, pois em outras tentativas achei que estavam numa boa e acabaram brigando. Sinto que a cada briga a convivência entre elas fica mais difícil e isso me dói muito. Vou continuar seguindo suas dicas e torcer para que tudo volte ao normal.
    Obrigada

    Reply
    1. Marla Rodrigues

      Oi, Larissa!

      O momento para avançar é quando as gatinhas estiverem totalmente acostumadas com a fase atual, já esperando e antecipando os momentos dos exercícios, como uma coisa normal do dia a dia delas. Assim elas terão mais resiliência quando se depararem com a novidade do próximo passo.

      Boa sorte!

      Reply
  4. Fernanda Souza

    Estou a 1 ano fazendo a introdução, cai aqui qdo tava buscando uma porta para dividir meus gato hahaha super me identifiquei com a sua busca e não ter achado nada no mercado, pq tbm não achei. Antes de pensar na porta fiz uma divisória de acrílico presa por velcro na parede, mas meu gato aprendeu a abrir, então estou fazendo uma de madeira de correr, a ideia é ser provisória, assim espero :/
    Já passei pela etapa dos cheiros, da comida, tudo isso é tranquilo e eles ficam relaxados, mas nunca me senti segura pra deixar os dois no mesmo ambiente, mesmo com supervisão, o máximo q já fiz foi deixar o mais velho na guia (ele tm 8 anos) e a mais nova solta (ela tm 1 ano), mas ele fica fazendo aqueles sons de caça qdo ela chega perto dele, aqueles sons qdo eles vêem passarinho, e ele fica sempre atento, não fica relaxado, e ela obviamente quer brincar e correr, eu entendi q no fim parece q ele quer caçar ela, então acho q minha jornada tá longe de acabar.
    Espero q com a porta eu consiga sair de casa e me sentir segura q eles vão ficar bem, pq atualmente trabalho em home office e final de semana não consigo sair pq tenho medo de deixá-los sozinhos e eles transpassar o acrílico, enfim, as vezes cansa, mas estou na luta, adorei o seu relato e é, acho q tbm faço parte dos 1% haha

    Reply
    1. gatinhosproblema

      Oi, Fernanda!
      Vc vai conseguir! Eu entendo, é um processo que pode ser longo e cansativo…
      Olha, eu acho que seu caso é um bom candidato pra ter um acompanhamento com uma profissional de comportamento felino.
      Essa profissional pode te ajudar a conduzir o processo de forma mais assertiva.
      Se tiver interesse, por favor, entre em contato pelo email: contato@gatinhosproblema.com.br ou @gatinhosproblema no Instagram.
      Abraços!

      Marla

      Reply
  5. Laura

    Oii, tudo bem?

    Conheci o blog hoje, e estou adorando. A adaptação de gatinhos pode ser muito complicada, e acho que o sentimentos de “culpa/fracasso” do tutor nessas situações faz com que a experiência não seja compartilhada, e acaba alimentando esse ciclo vicioso de “puxa, por que isso só acontece comigo? O que estou fazendo de errado?”

    Minha frajolinha nunca foi uma gata fácil, mas ano passado por questões de momento de vida, meu marido e eu decidimos que conseguiríamos adotar mais uma gatinha. Sabíamos que seria difícil, mas sinceramente acho que subestimei o quão difícil seria rs

    Estamos há um pouco mais de 6 meses nesse processo, evoluindo de pouquinho e pouquinho, às vezes, regredindo um pouquinho, mas sempre seguindo adiante.

    Sei que cada caso é um caso, e talvez você tenha já colocado essa informação no blog, mas quanto tempo durou a adaptação das suas gatinhas (adaptação = poderem ficar no mesmo ambiente sem brigas/perseguição)? Como é a relação delas hoje?

    Reply
    1. gatinhosproblema

      Oi, Laura!

      Muito obrigada!
      Realmente, a adaptação entre gatos pode ser um processo bem lento, em alguns casos. Mas que bom que vcs estão evoluindo aos pouquinhos. É isso aí! Com dedicação e perseverança, vcs vão conseguir chegar em seu objetivo.
      Aqui em casa o processo todo, para naturalizar a convivência diária sem barreiras físicas durou cerca de 2 anos a 2 anos e meio. Antes de retirar completamente as barreiras, eu vivi um tempo com as barreiras instaladas, porém abertas.
      A relação delas até hj é um pouco conturbada, mas elas conseguem conviver no mesmo ambiente, ficar relaxadas, comer e brincar. Mas não se aproximam nunca e, quando acontece, rola uma briguinha. Mas rapidamente se afastam e conseguem retornar ao estado emocional de tranquilidade.
      Minha sugestão é que quando ocorrer uma briga, acolha primeiro a gatinha que sofreu o ataque, ofereça algo que ela goste muito, assim vc consegue que ela fique calma e vá construindo uma autoconfiança, a ponto de “não ligar” quando um ataque ocorrer. Depois de um tempinho, acolha a gatinha que atacou, para que ela possa mudar também o foco.
      Desejo boa sorte em seu processo e qualquer dúvida, chame aqui!
      Abraços,
      Marla

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  6. Mari

    Esse foi o MELHOR post que encontrei na internet com dicas para adaptar os bichanos. Sou gateira ha três anos, pesquiso muito e estou sempre tentando aprender sobre os bichinhos e melhorar o bem estar deles. Tenho uma linda frajola que agora nesse exato momento está no processo de aceitar um novo gatinho em casa. Ela é uma gatinha muito medrosa, às vezes até um pouco arisca, (e hoje, pesquisando e aprendendo, vejo falhas nos nossos cuidados que podemos mudar para ajudá-la, sei que não é culpa dela), então está sendo um processo lento rs. Já faz uma semana que o gatinho novo está em quarentena e eu ainda nao tive ‘coragem’ pra apresentar os dois, e lendo seu post percebi que é porque eu estava fazendo os passos da adaptação meio aleatoriamente, nao estava seguindo certinho o ritual, por isso não tinha confiança. Mas agora com seu guia vou conseguir seguir direitinho vou começar a colocar em pratica JÁ! Enfim, desculpe o textão, só queria agradecer mesmo! Foi uma semana lendo dicas e guias na internet mas foi o seu post que me deu uma luz pra esse momento! Obrigada! Torcendo muito pra que dê tudo certo e meus bebês se entendam (seria um sonho se eles SE AMASSEM RSRSRS) mas não serei ambiciosa, se eles se tolerarem dentro da civilidade já está de bom tamanho rsrsrs

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  7. Laís Gomes

    Me chamo Laís, tenho duas gatas adultas: Valentina, a primogênita com 3 anos e Catarina, q peguei quase 1 ano depois. Ambas se adaptaram muito bem em 3 dias.
    Após 2 anos, quase 3 num convívio de paz e amor, resolvi pegar maia duas gatinhas filhotes, semana passada maia precisamente. Desde então a guerra se instalou na minha casa. As duas mais velhas, que sempre conviveram pacificamente, se embolaram por duas vezes, mas não se machucaram e então decidi separa-las.
    Comecei então todo processo de readaptação apenas delas, sem nem incluir ainda as mais jovens, exceto pelo odor, q é inevitável.
    Elas passaram pela etapa do olfato, troco elas de ambiente na hora de dormir e nenhuma das duas estranha o ambiente. Dormem no mesmo lugar q a outra geralmente fica, brincam, comem, inclusive no pote uma da outra. Fiz exercício visual pela fresta da porta, até que as duas não mais rosnassem ou fizessem puff. Mas é solta-las juntas que elas se embolam novamente.
    Estou a mais de uma semana nesse processo, avançando e recuando quando preciso, mas nada muda. Estou desesperada! Iniciei floral a pedido da veterinária, mas ela mesma disse que elas vão precisar se entender por si só, sozinhas.
    Não sei mais o que fazer. Hoje tentei deixar as duas no mesmo ambiente, mas com a Catarina numa coleira própria para gato que elas tem, e foi Valentina da de cara com Catarina e se escondeu debaixo da cama. Eu ja chorei, ja me descabelei, ja quase me arrependi da adoção das pequenas.
    O que posso fazer?

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    1. gatinhosproblema

      Olá, Laís!
      Olha, pelo que vc me contou, percebo que, apesar de estar atenta aos passos, vc pode estar adiantando demais cada etapa! Na verdade a hora que a gente deve avançar para o próximo exercício é quando a gente percebe que elas estão totalmente tranquilas durante a aplicação do exercício.
      Então, num caso em que tem tantos gatinhos envolvidos no processo (3 residentes e 2 sendo introduzidos), é preciso ter muita paciência e atenção às reações de todos eles. É possível que vc precise ficar uns dias, ou até algumas semanas realizando os exercícios de alimentação através da porta fechada, sem que elas tenham contato visual ainda! Elas precisam entender que a presença das outras não influenciará em sua segurança, em sua alimentação e em sua relação com você.
      Tenha calma e siga em frente! Por enquanto, sem contato visual. Quando tudo estiver mais tranquilo, aí vc vai liberando beeeeeeem aos pouquinhos!

      Um abraço!

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  8. Kellen

    Poxa eu já estava quase desistindo.. tenho 2 gatas e 1 delas está bem chateada …
    Tenho feito algumas técnicas, porém minha ansiedade e meu tempo não é o deles… Vou continuar insistindo.. obrigada

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    1. gatinhosproblema

      Oi, Kellen!

      Não desista! Por isso é tão importante saber o porquê de cada etapa do processo. Fica mais claro o que a gente pode esperar e também ajuda a reconhecer quando avançar ou recuar.
      Fica tranquila que tudo vai dar certo!
      Leia mais sobre a importância da gente ter calma no processo de adaptação nesse post aqui:
      https://gatinhosproblema.com.br/2016/11/20/apresentacao-de-gatos-um-passo-antes/
      E fique a vontade para perguntar.
      Um abraço!

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  9. Veridiana

    Olá! Fomos adotados pelo Nego a uns 9/10 meses, ele chegou no pátio de casa e não quis mais saber de ir embora hahahah… Ele é extremamente carinhoso, o amor de nossas vidas! A um tempo vínhamos pensando em adotar um/uma irmã/irmão pra ele não ficar tão sozinho, uma vez que ficamos o dia inteiro fora. Ainda não o castramos, a ideia era fazer esse procedimento antes de acolher outro bichinho, no entanto, a Dora surgiu em nossas vidas. Ela e mais dois irmãos foram abandonados em uma pracinha com aproximadamente 45 dias, os dois meninos foram adotados e resolvemos ficar com ela. Iniciamos o processo de adaptação totalmente errado, apresentamos os dois e deixamos ela na cozinha, mas é um espaço que o Nego sempre teve acesso. Eles se cheiraram e aparentemente parecia estar tudo certo, até que ele começou a bater nela (ela não é sexo frágil, revida hahahah) diante disso deixamos os dois separamos e procuramos dicas de adaptação. Sexta-feira (o primeiro dia deles sozinhos em casa) cada um no se cômodo, Nego fez força e conseguiu abrir a porta de correr, quebrou azulejo e se machucou nesse processo (imagino o nível de estresse), graças a Deus eles não se machucaram, pelo menos não aparentemente. Porém ao tentar reaproxima-los conosco olhando, se agridem. Separamos novamente. Como o Nego ficava muito revoltado de ficar confinado num cômodo só resolvemos passar ela para p banheiro (que é pequeno… nossa casa são só estes 3 cômodos). Aparentemente ele está mais calmo, vamos iniciar o processo do início. Minha dúvida é, castro o Nego agora ou espero a adaptação? Tenho medo de ele ficar ainda mais estressado… outra coisa, o banheiro é um espaço pequeno ela não pode correr e se ficamos mais que 10 min lá o Nego já começa a miar, até sairmos… Tenho bastante dó da pequena ficar sozinha, será que mantemos assim? Nas 3 primeiras noites um de nós dormia com ela na cozinha, essa será a primeira dela sozinha, vamos ver como irá se comportar… Os dois miam um para o outro e tentam entrar/sair para o cômodo, então acho um bom sinal, mas não tenho certeza… Somos papais de primeira viagem! Obrigada! Um abraço!

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    1. gatinhosproblema

      Olá, Veridiana!
      Sim, já pode e deve castrar seu bebê Nego, assim como a Dora também! O quanto antes, melhor. A castração também ajuda a conter os ânimos nesse processo. Por enquanto é melhor mantê-los afastados e ir introduzindo bem aos poucos, como digo no passo-a-passo. Se você tiver mais dúvidas ou quiser mais detalhes, podemos falar pelo e-mail contato@gatinhosproblema.com.br.
      Um abraço!

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  10. Elaine da costa

    Estou adorando e aprendendo muitíssimo.
    Meu caso é o seguinte o problema é q a gata nova não quer aceitar os demais.
    A história é assim. Já tinha um casal o macho de 4 anos e uma fêmea de 3 anos.
    Resgatei em 2016 uma mãezinha de 1 ano é duas filhotes de 1 mês. Como não estava preparada pra elas, elas ficaram comigo na loja por 4 meses. Q foi qdo castrei as filhotes. Então a casa já estava adaptada pra recebe las. Levei pra casa. Só q a mãezinha não reconhecia as filhas depois da castração. Elas só ficaram 1 dia longe e já bastou. Então trouxe a mãe de volta pra loja e as filhas ficaram em casa.
    Em casa, elas ficaram na parte de cima do sobrado. Já q não se adaptaram aos q já tinha em casa. Pq o macho é FIV + e a fêmea é renal. Então ambos não podiam se estressar. Então optei em deixa las em cima. No decorrer desses 2 anos eu adotei um filhote q se adaptou maravilhosamente com as duas q ficam em cima. E em dezembro agora de 2017 fiz um resgate de um gato de 2 anos. Como ninguém quis adotar, eu adotei. E levou 45 dias pra adaptar com os 3 em cima.
    Só q agora em abril a mãezinha foi atacada por cães de rua, e ela odeia cães tbm. (gracas a Deus não houve nada, nenhum arranhão). Só q como estava ficando muito perigoso pra ela, resolvi levar pra casa e protege la melhor.
    Nesses quase 4 meses está sendo praticamente impossível fazer a adaptação. Ela não quer ficar com eles de jeito nenhum. Eles não estão nem aí pra ela. Mas, ela fica estressada, agoniada.
    Fiz todos os processos imagináveis. E tudo sem sucesso. No quarto q ela está ela fica super bem. Mas, qdo levo pra cima por 2 min. Já começa a rosnar, fzzzzz, correr pra todo lado aflita. No primeiro mês tive q leva la na Vet. Começou ter hipotermia. Fizemos todos exames e está tudo normal. Acho q é em função do estresse.
    Estou desesperada pq não vejo progressão. Sempre a msm coisa. Msm situação não sei o q faço mais. Tenho vontade de desistir. Mas, meu amor por eles não me deixa.

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  11. Karen

    Estou perdendo as esperanças. Resgatei um gatinho das ruas há quase um mês, mas não há progresso algum com a minha gata que já vive cmg há uns 3 anos. Ela é extremamente medrosa, está comendo pouco, e fica o dia todo no quarto, não quer nem andar pela casa. Houve 2 episódios entre os dois, em que o gatinho novo a perseguiu. Não sei mais o que fazer, tenho muito medo que ela acabe adoecendo.

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    1. gatinhosproblema

      Olá, Karen. Tenha calma! 1 mês é um tempo considerado dentro do “normal” no quesito adaptação entre gatos. Sugiro que você aplique esse passo a passo do post com bastante cuidado e paciência e logo você vai ver o processo evoluir. Alguns gatinhos precisam de mais atenção, outros precisam de mais tempo… então tenha calma!
      Leia mais esses dois artigos aqui do blog, que vão te ajudar nesse processo:

      http://gatinhosproblema.com.br/2016/11/20/apresentacao-de-gatos-um-passo-antes/

      http://gatinhosproblema.com.br/2017/03/12/a-importancia-da-quarentena/

      Se ainda tiver dúvidas, escreva para contato@gatinhosproblema.com.br

      Um abraço!

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  12. maria cecilia cezar de andrade

    será que tudo isso serve pra adaptar um cachorro novo também? minha gatinha tem 6 anos, quando ela chegou aqui em casa já tinhamos um cachorro mais velho que morreu recentemente aos 16 anos. ela nunca atacou ele, acho que até gostava dele! mas ela não parece ser muito amigável com outros animais que passam por ela, não chega a atacá-los, apenas faz FFFFu. será que vale a pena a tentativa? partiria meu coração adotar um cachorrinho e ter de devolvê-lo pela não-adaptação da gatinha.

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    1. gatinhosproblema

      Olá, Maria Cecilia.
      Para fazer a adaptação entre gatos e cachorros vc tem que seguir um passo a passo mais ou menos parecido. Existem algumas particularidades, em se tratando de espécies diferentes. Mas em relação a sua gatinha sibilar para os outros bichinhos em geral não quer dizer necessariamente que ela não vai se adaptar, mas sim que ela vai precisar que vc tenha cuidado e cumpra os rituais de apresentação com paciência. Se quiser saber mais, por favor escreva para contato@gatinhosproblema.com.br.

      <3

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  13. Debora Souza

    Nossa, esse post me deu esperança de conseguir integrar a minha nova gatinha em casa!

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    1. gatinhosproblema

      Oi, Débora! Fico feliz em poder ajudar.
      Não perca as esperanças! Seguindo o passo a passo com muita calma, paciência e amor, você vai conseguir!
      Qualquer dúvida, estou por aqui.
      <3

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  14. Pingback: Irá x Totí: estratégias para uma adaptação longa e difícil (Parte II) - Gatinhos Problema

  15. André Luís Sousa de Jesus

    Boa noite.
    Primeiro, gostaria de agradecer muito pelas informações aqui contidas. Adotei ontem uma gatinha de 4 meses para fazer companhia à meu gatinho que tem um ano e oito meses.
    Fiz o isolamento da gatinha mas achei, com a minha ignorância, que hoje já poderia colocá-los juntos num mesmo cômodo. Péssima ideia, o gato mais velho odiou.
    Mas lendo esse post, me fez não desistir da readaptação dá gatinha.
    Vou começar tudo novamente, respeitando o momento deles.

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    1. gatinhosproblema

      Olá, André! Fico feliz em ajudar.
      Não desista! E parabéns pela dedicação!

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      1. Larissa Fernanda

        Olá decidi adotar outra gatinha de um mês tendo outra em casa de 3 anos ontem trouxe a pequena pra casa e minha gata não gostou muito da ideia e foi para o quarto e assim que ela cheirava fazia fzzz comecei hoje os procedimentos de adaptação minha gata de três anos ainda está desconfiada ela já teve contato com a pequena fez fzzz mais não atacou vou fazer tudo certo e torcer pra dar certo sem causar nada as duas minha gata residente está me estranhando tbm

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  16. Pingback: Por que isolar os gatinhos? A importância da quarentena! - Gatinhos Problema

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