Minha gata não aceita a nova gatinha de jeito nenhum! E agora?
Quando adotei minha nova gatinha, nunca imaginava que uma adaptação entre gatos poderia ser tão difícil. Mas aprendi que o diálogo e a troca de informações são essenciais para que os nossos Gatinhos Problema possam viver em harmonia!
#1
Com o passar do tempo, já não sabia mais o que fazer para resolver o problema entre Irá e Totí. Estava perdida e desesperada.
#2
Os ataques de Irá estavam cada vez mais graves e Totí terminou machucada. E eu também.
#3
Encontrei o suporte de uma pessoa experiente e caridosa, que me ajudou a compreender o que estava acontecendo e me ensinou a lidar a situação. Também me mostrou a importância da troca de informações, pois em cada caso requer um conjunto de ações.
Em 45 dias de quarentena de Totí, eu já tinha esgotado quase tudo que aprendi pela internet e pela TV sobre adaptação entre gatos, porém os casos desse assunto apresentados até então não se aproximavam muito da minha realidade. Além do esgotamento das informações, eu estava esgotada. Não acreditada que estava vivendo um dos maiores pesadelos que um gateiro pode ter! A tensão constantemente no ar e a sensação de falta de controle e, principalmente, culpa… Eu estava acabada.
O pessoal em volta começando a me encher os ouvidos com comentários e “soluções” tão práticas e rápidas, como se eu não tivesse feito nada, tentado nada, não soubesse de nada. Genial, nossa! Só que não!
Nesse período aconteceram 3 ataques. Em todos eles Irá conseguiu burlar de alguma forma o esquema de segurança que montei para Totí. Porém o terceiro ataque foi o mais grave. Totí realmente se machucou. E o pior que o ataque ocorreu numa sexta-feira, porém só fui notar o resultado no domingo, quando Totí amanheceu amuada e mancando da patinha dianteira. Até então ela estava aparentemente bem, toda fofinha e suave, como de costume. Levei-a ao veterinário, onde o abscesso foi drenado e feito o curativo e a medicação correspondente.
Além de atacar Totí em as todas chances que teve, Irá também me atacou algumas vezes. Em muitos dos materiais sobre adaptação entre gato que li, havia a dica de apresentar o cheiro do gato novo através do seu corpo. Então, eu carregava Totí e depois pegava em Irá. Ela então me cheirava e, ao farejar o odor de Totí, me mordia com toda a força ou desferia unhadas cheias de raiva. Em algumas vezes, me machuquei bastante.
Tentei manter a compostura o máximo que pude, mas ver a minha Totizinha ferida me abateu de vez. Que espécie de tutora era eu? Nunca tinha ouvido ninguém ao meu redor com uma história igual a minha, o que estava acontecendo? Por que a minha princesa Irá, tão doce, tímida e tranquila estava daquele jeito? Enfim, estava completamente perdida. Só sabia que, sozinha, não me sentia mais capaz de resolver… 🙁
Nas andanças da causa animal, tive a sorte e o privilégio de conhecer algumas pessoas realmente especiais. Uma delas me estendeu a mão. Uma pessoa realmente comprometida em ajudar, em dividir o seu vasto conhecimento, em doar seu tempo e sua energia aos animais necessitados da nossa cidade. Essa amiga viu a minha situação e me deu a ajuda mais valiosa que eu poderia ter: a real compreensão do meu problema e muita informação importante.
Ela me ajudou a regular todos os passos que já foram feitos, me ensinou a perceber os diversos sinais de comunicação, me orientou nos momentos mais difíceis e, principalmente, me incentivou a continuar. Percebi então que cada caso é realmente único e para poder manter o equilíbrio em casa, em primeiro lugar, eu deveria me equilibrar.
Sou tão grata a ela pelo que conquistei em casa com meus gatinhos até agora, que criei esse espaço também como agradecimento, pois percebi como o diálogo e a troca de experiências e informações sobre esse assunto são essenciais para que cheguemos a uma solução nessa verdadeira batalha emocional que a gente vive quando enfrenta esse problema!
Eu não sou nenhuma expert em comportamento felino, minha gente. Sou apenas uma gateira vivendo uma experiência não muito comum com meus gatinhos amados. Durante todo esse processo que já dura 1 ano e meio, percebi a importância de se ter alguém para conversar sobre esse problema. E como é difícil achar alguém que possa e saiba como te ajudar, como eu achei! Nós precisamos nos unir para conversar mais sobre esse assunto, dividir conhecimentos, reunir informações, experimentar novas opções… Esse é o objetivo do espaço do Gatinhos Problema! Pois nem todo mundo tem gatinhos fofinhos em casa hahaha
<3
Nem sei se vc ainda responde, mas, não custa tentar.
Meu caso é um pouco diferente, meu gatinho não agride a nova moradora, porém está triste, ficou doente, quase morreu, parece está com depressão, assim como vc não sei mais oq fazer, estou devastada e sem forças.
Oi, Geislane!
Poxa vida, sinto muito… Por favor, dê uma lida nesses posts a seguir, acredito que possam te ajudar.
https://gatinhosproblema.com.br/2018/04/04/enriquecimento-ambiental-1-necessidades-ambientais/
https://gatinhosproblema.com.br/2018/12/05/enriquecimento-ambiental-2-stress-em-casa/
Qualquer coisa, entre em contato pelo nosso email contato@gatinhosproblema.com.br para conversarmos melhor.
Um abraço,
Marla
Esse blog é tão necessário. Li, muito emotiva, todos os posts sobre a adaptação da Totí e Irá. Estou com uma situação muito complicada em casa, de uma adaptação que não está acontecendo, mesmo que eu tenha seguido todos os passos desde o início. Já vai dar 3 meses de adaptação e hoje parece que foi o pior dia de todos. Separei os gatos e estou deitada, procurando por informações e desesperada, triste. Não consigo nem pensar na ideia de ter que doar algum deles. Esses relatos me motivaram a tentar os passos mais lentamente, desde o início. Obrigada :’)
Oi, Paolla!
Muito obrigada! <3
Realmente, esse é um processo que pode ser bem difícil e cansativo. Pois não tem prazo para terminar e, nesse mundo acelerado que vivemos, temos que reaprender a respeitar o tempo da Natureza.
Peço a você que tenha calma, respire fundo, e tenha em mente que esse é um processo de AMOR, autoconhecimento e reconhecimento dos seus gatinhos.
Vai dar tudo certo!
E hoje em dia já temos vários profissionais especializados que podem te ajudar.
Qualquer dúvida, entre em contato!
Um abraço,
Marla
Adorei seu texto. Estou a mesma dificuldade. Meu gatuno, Toriko, tem um ano e também o adotei com muitos problemas de saúde, ele sofreu vários traumas na face, absessos, dermatite, rinotraqueíte, otite e anemia profunda. Depois de 30 dias de antibióticos e vitaminas – aminoácidos, ele estava forte e mesmo assim ainda se escondia dentro de casa, ressabiado, desconfiado. Hoje 1 ano depois ele é o meu príncipe, ele sempre imperou sozinho comigo. Petiscos, brinquedos, novos brinquedos, patês, sempre como recompensa, pq ele sempre foi um amor, deita no meu colo e passa horas (pena que meu braço não aguenta tanto rsrs).
Mas quando precisava ir para o interior na casa dos meus pais, sempre vou na sexta e volto domingo, ao chegar na volta percebia um gato muito carente, triste comigo, pq havia deixado ele sozinho, dessa forma, pensei comigo mesmo, bom ele precisa de um irmão. Portanto, adotei o Joaquim, gatinho manso, sem traumas, disposto a apenas brincar, mas o Toriko não aceita; quando faço a interação entre eles, o Toriko sempre com força mordendo, com as orelhas para trás e o no pescoço. Meu apartamento tem 55 m , um studio, até espaçoso, porém, não há quarto dividido, e minha única opção foi manter Joaquim no banheiro, com um puleiro, brinquedos, montei uma casa linda de papelão com divisórias para ele. Já se faz 1 mês e mesmo assim, o Toriko não aceita a ideia de ter um irmão. Não posso entrar no banheiro para tomar banho e etc, que se torna um gritaria do lado de fora da porta. Não sei o que fazer. Várias pessoas também opinam de diferentes formas, mas já fiz de tudo e mais um pouco. Não mais o que fazer.
Olá, Gabriel
Entendo a sua situação. Para um caso como o seu, o mais indicado é que vc fizesse o acompanhamento com um profissional de Comportamento Felino, pois as características do seu ambiente e da sua rotina trazem obstáculos extras que podem nos deixar sem um norte, além de cansados e frustrados.
É sempre um momento difícil para os tutores, ainda mais quando as pessoas de fora dão opiniões, “dicas” e “soluções” sem embasamento, que só nos deixam mais confusos.
Por isso acredito que o acompanhamento profissional pode ser muito bom para vocês poderem tomar decisões melhores e que priorizem o bem-estar tanto dos gatinhos quanto seu também.
Um abraço,
Marla
Quais foram as dicas que ela te deu? Em qual post você compartilha?
oi, tudo bem? Falei mais sobre isso aqui:
https://gatinhosproblema.com.br/2016/11/20/apresentacao-de-gatos-um-passo-antes/
🙂
Pingback: Irá x Totí: estratégias para uma adaptação longa e difícil (Parte I) - Gatinhos Problema
Pingback: Introdução, Reintrodução e Adaptação de Gatos: passo-a-passo comentado - Gatinhos Problema
Pingback: Apresentação de gatos: um passo antes de começar - Gatinhos Problema